Itacaré é, sem dúvidas, um dos destinos que mais gostei de conhecer dentro do nosso Brasil. Confira nesse post as melhores dicas para você planejar a sua viagem: onde fica e como chegar, como se locomover, onde se hospedar, os melhores passeios e mais!
Ideal para todas as idades, Itacaré não possui luxo, mas muito conforto e diversão em meio à natureza. Se estiver procurando isso, não deixe de conhecer esse paraíso que é de fácil acesso e não sai muito caro, quando planejado com antecedência.
Sobre Itacaré
Localizado na Costa do Cacau, entre Ilhéus e a Península de Maraú, Itacaré é relativamente fácil de se chegar: fica a cerca de 1h do aeroporto de Ilhéus. Uma cidade como esta, onde há muito para se explorar, merece algumas noites de estadia. Nossas dicas de hospedagem são as pousadas Vila Barracuda e a Vila do Dengo. Falaremos um pouco mais sobre elas abaixo!
Preparado para montar seu roteiro para as suas próximas férias? Aqui vai!
Passeios imperdíveis em Itacaré
Itacaré é composta por diversas cachoeiras e praias, algumas dentro e algumas fora da cidade. As praias são bem diferentes umas das outras, em termos de extensão e de beleza natural. Perto do Centrinho você consegue acessar, inclusive à pé, as seguintes praias: Praia do Resende, Praia da Tiririca, Praia do Costa, Praia da Ribeira, Prainha, Praia das Conchas e Praia das Contas, onde se vai para a cachoeira do Engenho. Estas são praias com bastante infra-estrutura para atender os milhares de turistas que frequentam Itacaré todo mês.
Mais afastadas, mas ainda pertencentes a Itacaré, estão as seguintes praias conhecidas como as praias rurais: Praia da Engenhoca, Praia do Havaizinho, Praia da Gamboa, Praia do Itacarezinho e Praia de Jeribucaçu, onde também há uma cachoeira. Além destas, estão praias menos conhecidas, como Pontal, Siriaco, Serra Grande, Coroinha e São José, as quais não consegui visitar.
Além disso, há o centro histórico e o centrinho, com restaurantes e bares para curtir à noite. Deu para notar que são muitos passeios, né? Então se quiser conhecer tudo, você precisa de alguns dias na cidade e muito planejamento. Saiba agora um pouco mais sobre cada um e escolha seus preferidos!
Cachoeira do Engenho (ou Cachoeira do Cleandro)
O passeio (R$50~60) começa na praia das Contas, onde você pega um barquinho com o guia que te leva até a entrada da cachoeira. Normalmente ele não te acompanha lá dentro, mas você pode combinar quanto tempo quer ficar e ele te espera do lado de fora. Há também a opção de alugar uma prancha de SUP e ir remando, mas eu particularmente achei um pouco longe para isso.
O passeio pelo rio em si já é maravilhoso. Caso você não goste de cachoeira, pode fazer apenas o passeio de barco pelo rio, que já vai valer a pena. Nele, você passa por diversas paisagens como casas de pescadores, restaurantes onde você pode aportar e comer um peixe, pequenas ilhas, manguezais com diversos tipos de caranguejo, árvores de açaí, de cravo, de jambo e de cacau. Tive até uma provinha de cacau dentro do barco!
O trajeto dura entre 20 minutos e meia-hora. Para entrar na área da cachoeira paga-se uma taxa de R$15 por se tratar de uma propriedade particular. Considerando que você pode passar o tempo que quiser na cachoeira, o preço é razoável, e você ainda tem a opção de levar seu próprio lanche e sua própria bebida.
Dica!
Faz parte que o guia tente te levar no restaurante de frutos do mar que há no caminho por conta da parceria que eles têm por lá. Mas você não precisa aceitar. Eu mesma preferi almoçar no centro, onde há mais opções. Não esqueça o nome do seu guia ou do seu barco, pois na hora de ir embora você pode ficar confuso com tantos barcos atracados.
Quando você chega, logo avista uma casinha onde se cobra o valor da entrada e onde se vende água, biscoitos e vários tipos de doce como bananada, chocolate e doce de jambo. Você pode pedir umas provinhas, e caso goste, levar de lembrança. Seguindo em frente, você chega na trilhazinha que leva até as cachoeiras propriamente ditas.
Dicas para curtir o máximo do passeio
Como são várias quedas d’água, você deve ir por partes. A melhor parte para se banhar é a primeira, então aproveite e já chegue dando aquele mergulho. Se o tempo estiver ensolarado, rola de pegar um solzinho nas pedras, e como Itacaré não fica na serra e sim no nível do mar, não faz frio. Achei a temperatura ideal para curtir uma manhã na cachoeira!
Para chegar à segunda queda d’água, você deve fazer mais uma trilhazinha formada por uma escadaria, mas é coisa de 3 minutos subindo, ou até menos. Essa parte é bem mais cheia de pedras e bem mais rasa, então não é muito interessante para nadar, mas o visual é lindo!
Quando o sol bate na água, o reflexo faz a cachoeira brilhar, o que torna esse lugar mágico e revigorante… Um bom jeito de começar sua estadia em Itacaré! Só não esqueça de levar repelente: quando você sai da água os mosquitos começam a te atacar – como acontece em qualquer outra cachoeira. Esteja protegido!
Praia do Resende
Essa é a primeira praia do chamado “Caminho da Praia”, que começa no início da rua da Pituba. É uma praia muito bonita, com um gramado bastante extenso, onde acontecem aulões de yoga e muita onda boa para os surfistas.
É uma praia bem urbana, por ser próxima ao centro. Não tem muita infraestrutura de quiosques e banheiros, mas, ainda assim, dá para alugar um guarda-sol ou aproveitar a sombra de um dos muitos coqueiros à beira do mar. Deu pra sentir a vibe?
Praia da Tiririca
Caminhando pelas pedras ou pela estrada, você chega na praia seguinte, a Praia da Tiririca. Ela é considerada o melhor pico de surf da Bahia com ondas durante o ano todo. É ali que acontecem campeonatos de surf, inclusive internacionais, entre Outubro e Novembro, organizados pela Associação de Surf de Itacaré.
Fora dos campeonatos, você pode fazer aulas de surf ou alugar pranchas com facilidade por lá. Você paga R$15 a hora de uso ou então R$40 pelo dia todo na Brother’s Surf School, podendo escolher entre diversos tipos. Mas caso você seja iniciante, não se jogue no mar sem um acompanhante ou professor pois pode ser bem perigoso! Além de ondas enormes, você encontra muitos “locais” que vão disputar ondas com você e infelizmente você pode se machucar. Quando voltar do mar, aproveite para tomar um açaí na mesma barraca da Brother’s Surf School!
No mais, essa é minha praia preferida da região, a mais cool e animada. Além do surf, a praia também conta com um skate bowl para quem prefere terra ao mar, e um slackline ao lado para os menos radicais. É uma ótima praia para ir em casal ou com amigos. No final da tarde, a galera monta uma fogueira e fica ali sentado conversando, num clima super agradável. Já quero voltar!
Praia do Costa
Essa praia é bem pequena, comparada com as outras, e não possui infra estrutura alguma. Como vocês podem ver pela foto, o dia em que passei por lá estava bem nublado, então resolvi não perder muito tempo ali. Além disso, ouvi dizer que é bem perigosa para mergulho ou para o surf por conta da forte correnteza que puxa muito para as pedras. De qualquer forma, tem uma areia bem branquinha e é mais deserta do que as outras, então pode ser legal caso você procure descanso e sossego. Bem ao lado desta praia está localizado o principal camping da região, chamado Camping Rai Luc.
Esse é um camping com uma ótima infraestrutura. O gramado é bem nivelado e com as áreas demarcadas para as barracas. Os banheiros atendem bem, mesmo na alta temporada, tem água quente, cozinha, e o ambiente é muito agradável. É para quem gosta de acampar mesmo.
Praia da Ribeira
Dentre as 4 praias do “Caminho da Praia”, a Ribeira é a mais povoada, com diversas barracas que servem bebidas e tira gostos a moradores e turistas. Não curti essa praia por conta dessa “bagunça visual” que acaba prejudicando a beleza natural da praia, embora seja cercada pela mata atlântica.
Para chegar na areia, é preciso atravessar um rio – que por sinal as crianças adoram! Dependendo da época, talvez você tenha que levar seus pertences na cabeça para não molharem. Ainda no rio, há uma tirolesa que é a atração principal e faz parte do circuito de aventura da Ribeira.
A Praia da Ribeira não possui grandes ondas, e por isso é indicada para surfistas iniciantes. Caso você já esteja no nível avançado, é por lá que se faz a trilha para a Prainha, a praia seguinte à Ribeira, que tem ondas muito boas para o surf.
Prainha
Saindo da Praia da Ribeira, a trilha para a Prainha dura cerca de 40 minutos de caminhada, passando por riachos e mangues. Você pode levar sua prancha, já que lá também é um bom pico para o surf, mas é recomendável contratar um guia, na Praia da Ribeira mesmo ou nas agências da Rua da Pituba – ou ir com alguém que conheça o caminho pois a trilha possui bifurcações e não é sinalizada. Acredito que isso ainda se mantenha assim para que os guias continuem recebendo seu sustento, o que faz parte da geração de empregos na cidade.
Confesso que não tive tempo de fazer essa trilha, mas dizem que ela é de nível médio (nada de pânico!) e passa por paisagens maravilhosas. Se eu fosse você, incluiria esse passeio no seu roteiro por Itacaré – e depois me contaria como foi! Pelo menos eu tenho um bom motivo para voltar a Itacaré, certo?
Praia da Concha
É a praia com melhor infraestrutura de Itacaré – possui pousadas, estacionamento, restaurantes e quiosques servindo de tudo, mas não é a praia mais bonita. Sem ondas, é ideal para a prática de stand up paddle e caiaque. Indico chegar perto do farol, e lá ficar até a hora do pôr do sol, que é realmente mágica ali.
Caso você tenha poucos dias, pode visitar essa praia somente para ver o pôr do sol. Há um mirante em um dos seus extremos chamado Mirante Ponta do Xaréu, no qual você consegue avistar os dois lados da costa, o que dá uma boa visão panorâmica para se despedir do sol. No dia que fui, o céu tinha algumas nuvens, mas isso não atrapalhou: consegui ver pescadores, barcos se movimentando e muitas cores surgindo no horizonte. Lindo, lindo!
Praias rurais de Itacaré
Para acessar essas praias, você precisa fazer trilhas não muito longas, mas que dificultam um pouco o acesso e podem te deixar um pouco perdido. Li na internet, que houve um tempo em que os assaltos nessas trilhas eram frequentes, o que não posso garantir que ainda aconteça. De qualquer forma, achei melhor fechar o passeio com guia, até porque estava sem carro e precisava chegar no local onde a trilha começa, que fica bem no meio da estrada. Foi a melhor coisa que fiz!
Um outro ponto positivo do guia é que o carro me deixou na entrada para a primeira praia e me buscou já na última praia, enquanto quem vai dirigindo, precisa retornar para a primeira para pegar o carro e voltar. Tudo isso conta para a sua segurança e conforto nesse passeio, que dura algumas horas (saí do hotel às 9h e retornei às 15h).
Praia da Engenhoca
Essa é a primeira praia entre as quatro praias da trilha. Bem isolada, você leva uns 20 minutos para chegar da estrada até a areia (tem estacionamento ali no acesso no km 12 da rodovia BA-001, sentido Ilhéus). Continue sempre pelo caminho reto pois virando a direita, você pula a Engenhoca e chega no Havaizinho. No final dessa trilha, há um quiosque onde pode-se comer tapioca ou beber uma água de coco, mas ele só funciona na alta temporada.
O guia me explicou que começou a ser construído um super resort ali no meio da trilha, que seria o segundo hotel 6 estrelas do mundo na época, atrás apenas do The Palace Sun City na África do Sul. Acontece que seriam destruídas milhares de árvores, numa enorme área verde e ainda preservada, e por isso o projeto foi embargado. Mas você ainda pode ver algumas construções iniciais do que seriam os bungalows do hotel no seu trajeto até a praia.
Chegando lá, você vai notar que a areia é bem escura no início da praia, e que ali vivem milhares de siris – dá pra ver pelos buraquinhos! Passando essa parte da areia escura, você chega mais perto do mar, onde provavelmente verá diversos surfistas aprendizes com suas longboards, que estão ali por conta da Escolinha de Surf da Engenhoca. Acredito que este seja um ótimo lugar para aprender, por ser mais isolado do que as praias de dentro de Itacaré, onde há muitos “locais” disputando ondas com turistas, conforme falei antes. As ondas são longas e cheias e a praia é extensa, o que permite que você se posicione na sua própria onda com segurança.
Dica!
Minha dica para quem não surfa é: caminhe até o final da praia, onde você encontrará umas pedras bem bonitas. Você pode achar que não tem nada do outro lado, mas há um outro mundo com piscininhas naturais e uma vista incrível. Então já sabe, suba essas pedras e chame todo mundo que está com você pois vale muito a pena! Você não precisa demorar muito ali: dê um mergulho para ver os peixinhos como eu fiz, ou observe-os de fora das piscininhas mesmo ou apenas sente nas pedras para observar os surfistas. O importante é não deixar de conhecer esse spot super escondido na Engenhoca.
Praia do Havaizinho
Para continuar para as outras praias, você vai seguir uma mesma trilha. No dia que fui o tempo estava meio confuso: chovia, abria o sol, depois nublava e abria o sol de novo. Mesmo assim, a lama não atrapalhou os 10 minutinhos de caminhada mesmo de chinelo, até a outra praia.
Chegando no Havaizinho, você vai notar que é uma enseada bem pequena com algumas barracas. Caso esteja com fome, indico comer por ali mesmo, como eu fiz. Caso contrário, você só encontrará outro restaurante na Praia do Itacarezinho – e eles cobram consumação mínima de R$50 por pessoa, apesar de ser bem interessante (vou mostrar mais a frente).
Parei na primeira barraca, a Barraca do Bizoro – e não é que tinha besouros por lá mesmo? Pedi um peixe frito que vinha acompanhado com farofa, arroz e vinagrete por R$50. Mas vinha bem servido – dava para 2 pessoas comerem bem. O coco para acompanhar vinha com muita água (R$5). Sabe aqueles cocos que não acabam nunca? Ou seja, dá pra comer super bem sem pagar caro!
Foi difícil deixar essa praia pois gostei muito do clima dela, apesar de nem ter mergulhado ali (fiquei só na comilança mesmo)! Mas essa praia possui ondas ocasionalmente e recifes de corais para observar, então você pode e deve se aventurar nesse mar!
Para continuar a trilha, é só seguir à direita da praia, olhando para o mar, onde há umas palmeiras lindas. Ali por trás você continua até a Praia da Gamboa pelo morro da Camboinha.
Praia da Gamboa
Continuação da Praia do Havaizinho, a Gamboa também é conhecida como Praia da Camboinha. É uma pequena enseada, sem nenhuma infraestrutura. No dia que fui, a maré estava tão baixa que era até difícil observar as condições do mar, mas ao mesmo tempo formava um espelho na areia que dava um visual muito bonito.
Praia do Itacarezinho
A última praia da trilha (ou a primeira caso você comece de baixo para cima) é a Praia do Itacarezinho. Com 3,5km de extensão, o acesso à ela é bem fácil por conta do estacionamento no seu alto, ou seja, você não precisa necessariamente fazer uma trilha para chegar nela. Por isso, é um pouco mais explorada e com melhor infraestrutura: possui bares e restaurantes, sorveteria, spa e resort. Também é possível chegar de ônibus caminhando uns 30 minutos do ponto.
Os muitos coqueiros, junto ao claro azul do mar dão um toque especial para esta praia, que também é point do mergulho. Há bancadas de corais e cavernas subaquáticas, além ser o refúgio das tartarugas marinhas. Para os surfistas, essa praia também costuma ter boas ondas e uma cascata de água doce na ponta norte, permitindo que termine sua experiência da melhor forma possível.
Aliás, para fechar sua visita à Itacarezinho, não deixe de tomar o sorvete de lá! Confesso que não sei se essa sorveteria tem nome, pois a placa só indica “sorveteria”, mas foi ali que eu tomei o melhor sorvete da minha vida! Comecei pedindo uma bola de morango na casquinha, mas fiquei de olho grande e resolvi pedir de manga também, assim como na pintura do lado de fora, reparem! Rs!
Foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. O sorvete é bem artesanal e muito saboroso, apesar de não ser tão barato: 1 bola sai por R$10 e duas por R$15, mas a qualidade compensa! Até comprei 1 bola pro Micael, o guia – ele escolheu sabor baunilha! Depois disso, estávamos prontos para ir embora. O carro estava nos esperando ali mesmo para retornar a Itacaré.
Jeribucaçu
Esta é outra praia de Itacaré localizada ao sul: em 6 km na BA-001 haverá uma placa indicando a entrada para uma estrada de terra, então você continua mais 3 km e chega no estacionamento. Depois, basta fazer uma caminhada de 15 minutos por uma trilha de nível fácil, e chegará nessa praia, onde há o encontro do rio Jeribucaçu com o mar.
Com pouca infraestrutura, mas areia branca, boas ondas e as águas cristalinas do rio, é um lugar perfeito para os amantes da natureza. É possível contratar jangadas para subir o mangue até a Cachoeira da Usina, outro ponto turístico da região. Não fiz esse passeio, pois como o tempo era curto e eu já havia visitado outra cachoeira, esta fica para a próxima. Me conta se você já foi e se gostou!
Praia das Contas
Esta é a praia dos pescadores, e de acesso ao Rio das Contas. Berço da história de Itacaré, em sua orla há vários bares e restaurantes tradicionais, além de barraquinhas de sanduíche e cachorro quente. É de lá que saem os barcos para o passeio para a Cachoeira do Engenho.
Nos últimos anos, começaram a ser construídos estabelecimentos mais requintados como restaurantes e pousadas, o que vem atraindo novos visitantes para Itacaré. A Pousada e Restaurante Vila Barracuda é um exemplo disso. Segue um estilo hotel boutique, seu restaurante é aberto ao público e considerado um dos melhores da cidade. Tive oportunidade de jantar uma noite por lá um prato de ceviche assinado pelo chef Fernando Luz.
Centrinho de Itacaré
A rua principal, conhecida como a Rua da Pituba é onde tudo acontece. Com lojas, bares, restaurante, sorveteria, hostels, agências de turismo, feirinha de artesanato e muito mais, uma noite não será suficiente para você conhecer tudo que a rua tem a oferecer. Um bom horário para chegar é entre 19h e 20h, quando todos os estabelecimentos estão abertos.
É o local ideal para comprar algumas lembrancinhas e comer bem. Os restaurantes variam: tem hamburgueria, cozinha italiana, cozinha brasileira, entre outros. Nada muito chique, pode ir bem despojado curtir essa noite que provavelmente irá terminar em algum barzinho com música ao vivo! Indico o Manga Rosa e o Espaço Brasil.
Restaurante Espaço Brasil
Depois de um tempo me alimentando apenas de sanduíche e hambúrguer, decidi parar no Espaço Brasil para jantar uma comida brasileira deliciosa. Realmente o ambiente é muito agradável e o prato bem servido. O serviço já fica um pouco a desejar… pedi um prato que incluía feijão e ninguém me avisou que o feijão tinha acabado (sim, acabou o feijão no melhor restaurante brasileiro da cidade). Quando chegou o prato, o garçom me perguntou se eu queria farofa no lugar do feijão, o que me deixou muito frustrada! Mas acredito que em dias normais, não falte feijão e os clientes saiam bastante satisfeitos, pois realmente é tudo muito saboroso.
Um pouco da história de Itacaré
Frequentada por surfistas desde os anos 80, Itacaré vivia basicamente do cultivo de cacau. Só no ano de 1998, a rodovia que liga Ilhéus a Itacaré foi construída, tornando seu acesso bem mais fácil e recebendo cada vez mais turistas, inclusive estrangeiros.
Dentro da cidade há um pequeno centro histórico, mas você pode entender um pouco mais da história só de observar as próprias construções das casas e de outros estabelecimentos com vestígios da época colonial e muitas, muitas cores! Já no litoral, você encontra as mais diferentes manifestações da natureza como praias, cachoeiras, rios e mata atlântica, em paisagens de tirar o fôlego!
Conforme foi se desenvolvendo, Itacaré foi recebendo pousadas e restaurantes e hoje conta com uma grande gama de lugares para todos os tipos de gostos e de bolso. Mas ao mesmo tempo, ainda possui aquele espírito de cidade pequena, mantendo sua essência. Na minha opinião, é isso que faz Itacaré ser tão especial!
Quando ir para Itacaré?
Fevereiro foi definitivamente uma ótima época para visitar Itacaré: o tempo estava bom (apesar de chuvas de verão curtinhas no final da tarde), havia bastante onda para os surfistas e ainda era alta temporada, com movimento e agito. Acredito que Janeiro seja mais cheio ainda, e assim mais difícil de fechar passeios e encontrar lugares livres. Mas de toda forma, a cidade é bem preparada para receber turistas.
Entre Março e Maio as chuvas começam a chegar com mais força, mas não costumam durar muito. Ou seja, se você for nessa época vai pegar dias de muito sol, apesar de pegar alguma chuva! Como costuma fazer muito calor, às vezes essas chuvas caem até bem.
Junho a Agosto já pode-se perceber o inverno, com temperaturas mais baixas, maior chance de chuva e o mar mais mexido. É bom evitar essa época, mas pode ser que você dê sorte e pegue uma semana de muito sol, quem sabe? Se eu fosse indicar uma época do ano para ir fora do verão, seria de Setembro a Novembro. Em Setembro é a época que as baleias chegam na costa, e isso atrai muitos turistas curiosos para vê-las. Já nos meses de Outubro e Novembro o tempo está mais firme, e são meses em que acontece o campeonato de surf, que também traz certo agito para a cidade. Fora que os preços não são tão caros quanto na alta temporada!
Onde se hospedar em Itacaré?
Para quem procura uma pousada aconchegante, com piscinas, ótima para passar tempo em família, com café da manhã completo e ótima localização, indico a Vila do Dengo.
Caso você procure uma pousada mais requintada, indico a Vila Barracuda, um hotel boutique que é pousada e casa ao mesmo tempo. Acabou se diferenciando das outras hospedagens de Itacaré por sua sofisticação e bom gosto, apesar da simplicidade.
Como se locomover por Itacaré?
Se locomover de táxi em Itacaré acaba saindo um pouco caro. A melhor opção é visitar as praias próximas a pé, e fechar passeios para locais mais afastados. Se você decidir ir de carro, tenha em mente que pode ter problemas na hora de encontrar vaga. Uma outra opção é fazer trajetos curtos de moto táxi. Você encontra uma fila deles na Rua da Pituba, perto do caminho para as praias.
Como chegar em Itacaré?
Indo de avião, o aeroporto mais próximo é o de Ilhéus, que fica a apenas 76km de distância. O aeroporto é bem pequeno e por isso só recebe vôos diretos de Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Campinas e Salvador (eu, por exemplo, fui do Rio com escala em Congonhas, SP). Chegando lá, você pode alugar um carro, pegar um transfer (deixe agendado antes de ir), ou até mesmo um ônibus da rodoviária de Ilhéus até Itacaré.
Carro de Ilhéus para Itacaré
Você pode alugar um carro, e ai basta seguir pela BA-001 até o litoral. Outra opção é já deixar agendado um transfer para te buscar no aeroporto. Em cerca de uma hora você chegará a orla de Itacaré.
No site oficial de Itacaré você encontra uma relação das agências credenciadas que oferecem esse serviço.
Ônibus de ilhéus para Itacaré
O trajeto de ônibus é feito pela Rota Transportes, os bilhetes podem ser comprados online, tem muitas opções de horários e custam em média R$15,00 cada trecho.
De Salvador para Itacaré
Chegando por Salvador, a viagem dura aproximadamente 5 horas, sendo 1 hora de ferry boat, rumo à Bom Despacho, na Ilha de Itaparica, para depois seguir de carro pela BA-001 em direção ao litoral.
Você também pode pegar um ônibus bem no terminal do ferry boat. As viações Cidade do Sol e Águia Branca fazem esse trajeto. A viagem dura aproximadamente 5 horas e as passagens custam R$45,00 o trecho.
Informações úteis
- A voltagem na Bahia é de 110V.
- Em Itacaré você só encontra agência do Banco do Brasil e caixa 24h perto da rodoviária. É bom levar dinheiro em espécie!
- Algumas atrações ficam dentro de propriedades particulares, outro motivo para levar dinheiro físico.
- Use chapéu e protetor solar pois o sol da Bahia é bem forte!
- Fechei todos os passeios com a agência Lancelotti. Foquei nas praias e acabei não fazendo outros passeios tradicionais como o rafting. Caso queira informações sobre esses outros passeios, fale pelo Whatsapp com o próprio Lancelotti: (73) 9916-7583.
Oi Amanda
Adorei as dicas. Estou indo essa semana e fiquei com algumas dúvidas. Pelo que entendi, o único passeio pago que você fez foi das praias rurais, certo? Quanto você pagou? Quantos dias você ficou lá?
Obrigada!
Obrigada por compartilhar seu roteiro, adorei as dicas.
Vou de carro em fevereiro, será muito difícil conseguir vaga para estacionar para conhecer as praias rurais?
Parabéns pelo excelente site.
Sugiro ir bem cedinho!! Fevereiro é alta temporada, fica tudo cheio =/